Pedra, Pedrinha...

A repetição deixa a sua marca até nas pedras

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quinta-feira, julho 19, 2007

Um merecido descanso...


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Solsticio de Verao... era uma vez um Temazcal...

Faz cerca de 3 meses que iniciei aulas de Kundalini Yoga. Desde entao todos os domingos de manha vamos fazer a sadhana as 7h da manha para a praia de Sitges que fica a uns 15 minutinhos da vila onde vivo agora. No fim-de-semana de S.Joao decidimos ir no sabado pela manha nao se fosse dar o caso de que as comemoraçoes desse sabado impossibilitassem a ida à praia no domingo.

Depois de um banho super revigorante após a sadhana, Gabi - a minha professora de Yoga - convida-me para participar numa celebraçao que se iria fazer num bosque na zona de Granollers, num espaço chamado "A Casa Encantada". Aparentemente iriamos participar num Temazcal. Apesar de já ter lido algo sobre temazcal, nunca soube exactamente como funcionava. Mais uma razao para me parecer o programa perfeito para um S. Joao!

Assim, voltamos para Vilafranca, agarrámos qualquer coisa para comer e enfiámos umas roupas dentro da mochila. Em menos de uma hora estávamos num comboio em direcçao a um sitio donde depois nos levariam à Casa Encantada de carro.

A casa ficava efectivamente num bosque, num bosque lindo. Chegámos a tempo de ajudar na construcçao do Temazcal, envolvendo a estrutura de madeira com grossas mantas, convertendo esse espaço no que ritualmente viria a ser o ventre da Mae Terra. Aqui se reunirao a força dos quatro elementos de forma a dar à luz tudo o que existe, de forma a transformar a vida e possibilitar um renascimento.

Antes do ritual, juntei-me a um grupo que dançava algum tipo de dança... ayurvedica (nao sei exactamente o que pode ser isso, mas...)... uma mistura de tai chi segundo uns principios da ayurveda... ou assim percebi. De qualquer modo, era genial!

Chegou a hora de baixarmos para o ritual. Colhemos algumas flores e depositámos no pequeno altar que se ergue entre a entrada do temazcal e a fogueira onde se aqueciam as pedras.
Entrámos no grande útero e entre canticos xamanicos, mantras ou qualquer outra musica que os participantes se ofereciam a compartir, entre a meditaçao sobre as questoes essenciais do ser humano sugeridas pela Abuela Eda, a nossa temazcaleira, entre lágrimas e sorrisos, voltámos a nascer.

Depois do ritual, que durou aproximadamente 3-4h, fomos jantar e alrededor da enorme fogueira cantámos e as pessoas que levaram objectos, papeis ou desejos, puderam queimar nela tudo de bom e tudo de mau.

Na manha seguinte, fomos conhecer a fonte da Casa Encantada. É um sitio lindo! A água escorre pela parede, formando uma estalactite, caindo sobre uma roca, que de tao antigua já tem uma concavidade onde a água permanece. Ao redor da água o musgo cresceu e alguem, no seu passeio matinal, já tinha deixado umas flores junto à fonte.

Depois do pequeno-almoço, sentámo-nos à sombra de umas arvores enquanto alguem lia umas passagens dum livro de ensinamentos budistas, segundo creio, enquanto que um grupo de "kundalineros" (como lhes/nos chamamos na brincadeira) entoava ra-ma-da-sa, um mantra de sanaçao.

Foi uma experiencia intensissima a do temazcal, e foi muito interessante estar num meio tao diverso, entre xamas, hindus, "kundalineros", outros pagaos e ateus e compartir essa noite.

Nao tinha vontade nenhuma de deixar aquela Casa Encantada, nem aquele bosque... aah, se Titania naquela noite me tivesse feito esta proposta a mim... (ok, ok, passo a parte das orelhas de burro e a proposta poderia partir dum tipo lindissimo... a vida nao é justa...)


Out of this wood do not desire to go:
Thou shalt remain here, whether thou wilt or no.
I am a spirit of no common rate;
The summer still doth tend upon my state;
And I do love thee: therefore, go with me;
I'll give thee fairies to attend on thee,
And they shall fetch thee jewels from the deep,
And sing while thou on pressed flowers dost sleep;
And I will purge thy mortal grossness so
That thou shalt like an airy spirit go
.
Act 3, Scene I, "Midsummer Night's Dream" - Shakespeare


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Lisa Gerrard em Barcelona


No inicio de Abril ( e isto esqueci-me de mencionar nos ultimos posts) assisti ao concerto da Lisa Gerrard em L'Auditori de Barcelona. Ela é francamente incrivel e o espectáculo foi comovedor.


Mas devo confessar que o concerto que vi de Dead can Dance no equinocio de primavera de 2005 foi bastante mais impressionante. Apesar de gostar mais do trabalho dela, Brian Perry faz um contraponto interessante no resultado final do trabalho conjunto.


Depois do concerto fomos para casa de uma amiga comer crepes com chocolate e beber gins tónicos e admirar, entre gargalhadas, as fotos espantosas que tirei do concerto... nao é que se visse exactamente de quem era o concerto, mas eram absolutamente...hum... eu diria que... artisticas. Lamento, nao sei o que lhe fiz...

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Aqui está ela... uma das menos artisticas (e por isso uma das mais nitidas...)



E aqui está a prova de que os crepes com chocolate estavam de morte: pratos vazios e guerra pelo ultimo pedaço (uma foto nao menos artistica ;p nesse dia as fotos nao me sairam lá muito bem, pois nao?)

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Boas novas

Já sei que raramente cumpro aquilo que prometo... como ser assidua...
Mas nao é divertido de repente visitar este blog e ter um montao de coisas para ler? ha? ;P

Lamentavelmente ainda nao tenho fotos da viagem à Roménia pois quem as tem ainda é o meu ex. Tenho contudo imensas novidades.