Pedra, Pedrinha...

A repetição deixa a sua marca até nas pedras

A minha foto
Nome:
Localização: Barcelona, Spain

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Na Ilha Esmeralda II - Kildare


Kildare... uma vez na Irlanda não podia deixar passar a oportunidade de ir ao local onde, segundo consta, existia um santuário dedicado a Brigid e onde actualmente é o centro do culto católico de Sta. Brigid.



Kildare é uma cidadezinha simpática e tive a sorte de ir em dia de mercado. Muito movimento, muita gente, e sim... muito sol (sim, sim, em Dezembro ;p ). Reza a história que St. Brigid chegou por volta do ano 480 d.C. e construiu a sua abadia junto dum grande carvalho, daí o nome da cidade de Kildare - "Cill Dara", a "igreja do carvalho".


"Christianity slowly took root, assimilating features of the older beliefs and practices, including, for example, the use of sacred wells, the celtic celebration of Imbolc and the use of fire. It was at this time of transition that the historical Brigid of Kildare was born. Brigid the saint, inherits much of the folklore associated with the goddess Brigid, a dimension which contributes to her popularity. It may be an exercise in futility to try separating the historical christian Brigid from the goddess since, clearly, the two are so interwoven.(...)"


" It is generally accepted that Brigid established her abbey and church in Kildare around 480 d.C., on the site now occupied by St. Brigid's Catedral. Some scholars suggest that her foundation may have evolved from a sanctuary of druidic priestesses who converted to christianity." (*)


Infelizmente a área da catedral, onde se encontram as ruinas do Templo do Fogo onde se mantinha a chama perpetua em honra de Brigid, estava fechada.




Catedral de St. Brigid


"On the north side of the cathedral are the restored foundtions of an ancient fire temple. Research suggests that in pre-Christian times priestesses used to gather here to tend ritual fires invoking the goddess Brigid to protect the herds and provide a fruitful harvest. (..) At least two bishops attempted to have the fire extinguished because of its pre-Christian overtones, but without sucess. With the dissolution of the monasteries during th Reformation, Archbishop George Browne of Dublin ensured the extinction of the sacred flame." (*)

A chama de Brigid que ardeu durante cerca de 1500 anos (se consideramos a possibilidade do culto à deusa Brigid), foi extinto por volta do séc.XVI e foi reacesso em 1993 na Praça do Mercado. E arde desde então...


A chama de Brigid


Assim que decidi seguir caminho em busca do Poço Sagrado. Adoro os irlandeses! Fui perguntando pelo mercado como chegar até a poço, pois aparentemente ficava fora da cidade. Quando me dei conta, um grupo de feirantes preocupadamente estudava a possibilidade de ir até a poço sozinha. Uma senhora dizia que não devia ir sozinha pois era longe, um senhor perguntava a outro se era perigoso, outra mulher exclamava que se eu fosse sua filha não me deixaria ir sozinha, outro assegurava que não havia qualquer problema, que nunca tinha passado nada. Contrariadas, as senhoras apontaram a direcção e lá fui eu. Realmente era um pouco isolado, mas foi um passeio impressionante... a Irlanda não é chamada a Ilha Esmeralda por nada... especialmente num dia incrivel de sol em pleno inverno.






Poço Sagrado




Existem dois poços. O primeiro, reclamam alguns, é o original dedicado à Deusa Brigid; o outro, mais tardio, dedicado a St.Brigid, lugar de devoção particularmente no dia 1 de Fevereiro. Em cada poço podemo encontrar pequenos pedaços de tecidos pendurados nas ramas das árvores, memórias de desejos dos pelegrinos que por ali passaram.










Poço de St. Brigid


"Ritual at St. Brigid's Well and Prayer Stones


(...)There are five prayer stones standing in line and the practice is to stop at each stone in turn and dwell on an aspect or quality of Brigid.


1st prayer stone - Brigid: A woman of the land (...)


2nd prayer stone - Brigid: The peacemaker (...)


3rd prayer stone - Brigid: The friend of the poor (...)


4th prayer stone - Brigid: The hearthwoman (...)


5th prayer stone - Brigid: Woman of contemplation (...)


The round well - We gather around the well. Water has always been a symbol of life and healing. Wells were tradicionally heaing places for many ills. (...) Pilgrims are invited to pray in tradicional celtic fashion by circling "deiseal" (sunwise) three times. This movement is in harmony with ourselves and with the universe. (...) Pilgrims sometimes relax with a meditative sacred dance around the well and conclude the ritual with an old irish blessing." (*)


Claro que era inconcebível deixar Kildare sem levar comigo algumas cruzes de Brigid. Imaginamos, ou pelo menos eu imaginei, que no berço do culto venderiam as ditas cruzes "a granel". Pois, não sabem o que corri para encontrá-las! Corri não sei quantas lojas, tive uma conversa muio interessante com o dono duma loja esotérica, fui muito bem recebida no centro paroquial e acabei na casa de Solas Bhride - Christian Community Center for Celtic Spirituality in the Spirit of Brigid of Kildare, falando com uma senhora simpatiquíssima pertencente à Irmandade de Brigid. É incrivel como as tradições ancestrais foram tão engenhosamente resgatadas pelo cristianismo e como na Irlanda estas convivem tão harmoniosamente, sem a tipica furiosa negação das raizes pagãs de algumas tradições cristãs. Talvez seja essa uma das razões pelo que o chamado Cristianismo Celta seja tão particular... Bom, esta senhora levou-me ao que ela chamava "A Sala de Brigid": uma sala onde, num dos cantos, se encontrava uma vela cuja chama, explicou-me Mary, mantêm sempre acessa; nas paredes haviam paineis lindos representando Brigid e a chama; nas prateleiras haviam imensos livros e estatuetas, não apenas cristãos mas também de inspiração pagã. Comprei-lhe algumas cruzes e ela ofereceu-me um livro "Rekindling the flame - a pilgrimage in the footsteps of Brigid of Kildare" (*) , uma vez que vim de tão longe para ir a Kildare. Os excertos que coloquei acima são deste livro qu a Irmã Mary me deu. É ou não uma prova que em nenhum momento os cristãos desta terra renegam as suas origens?



Etiquetas: , ,

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Na Ilha Esmeralda I - Tara e Newgrange

FINALMENTE! Há muito tempo que tinha esta viagem pendente e, ainda que foram apenas 4 dias, uuaauuuuu! Da próxima vez espero ir com mais tempo para viajar por toda a ilha. Enfim foi como pôde ser, corri como uma louca...

Ah, encontrei os meus apontamentos sobre dindshenchas e creio que faz sentido transcrever algumas (podem consulta-las completas aqui). Coloquei algumas fotos mas o album completo podem vê-lo neste link.



TARA E NEWGRANGE

Como nao tinha muito tempo resolvi ir numa daquelas excursoes de um dia Tara e a Newgrange. Pena que nao pude visitar toda a zona de Brú na Bóinne, mas o bom desta excursao é que se tens pouco tempo para andar entre comboios e autocarros, é perfeito. Além de que a entrada em Newgrange é restrita e esta excursao permite-te o acesso.

A viagem foi fantástica. O sol decidiu marcar presença e fez com que o verde desta ilha esmeralda resplandecesse ainda mais. Tenho pena que a objectiva da minha maquina fotográfica não registe os tons lindos que a minha retina captou.



Tara



TEMAIR (Tara)

Temair Breg, whence is it named?

declare O sages!

when did the name part from the stead?

when did Temair become Temair?


Was it under Partholan of the battles?

or at the first conquest by Cesair?

or under Nemed of the stark valour?

or under Cigal of the knocking knees?


Was it under the Firbolgs of the boats?

or from the line of the Lupracauns?

tell which conquest of these it was

from which the name Temair was set on Temair?


O Duban, O generous Findchad,

O Bran, O quick Cualad,

O Tuain, ye devout five!

what is the cause whence Temair is named? (...)

-dindshencha





O "omphallos" politico e religioso irlandês, onde era coroado o Rei Supremo e onde estes presidiam ás celebrações e festas que hoje conhecemos, especialmente Samhain. Aqui encontramos Lia Fáil, a Pedra do Destino, trazida pelos Tuatha dé Danan, que segundo a lenda rugia sempre que o legitimo Rei Supremo a tocava.



O Mound of Hostages é um tumulo mesolitico, conhecido por ser o cenário para a troca de refens.



Diz-se que desde Tara podemos ver 23 dos 32 condados da Irlanda... realmente a vista é espantosa. Se querem vê-la intocada apressem-se, pois vão construir uma autoestrada e a paisagem ficará marcada por um laaargo traço negro de alcatrão.



River Boyne



BOAND
[Boand is the goddess of the river Boyne]

Sid Nechtain is the name that is on the mountain here,

the grave of the full-keen son of Labraid,

from which flows the stainless river

whose name is Boand ever-full.


Fifteen names, certainty of disputes,

given to this stream we enumerate,

from Sid Nechtain away

till it reaches the paradise of Adam.


Segais was her name in the Sid

to be sung by thee in every land:

River of Segais is her name from that point

to the pool of Mochua the cleric.


From the well of righteous Mochua

to the bounds of Meath's wide plain,

the Arm of Nuadu's Wife and her Leg

are the two noble and exalted names.


From the bounds of goodly Meath

till she reaches the sea's green floor

she is called the Great Silver Yoke

and the White Marrow of Fedlimid.


Stormy Wave from thence onward

unto branchy Cualnge;

River of the White Hazel from stern Cualnge

to the lough of Eochu Red-Brows.


Banna is her name from faultless Lough Neagh:

Roof of the Ocean as far as Scotland:

Lunnand she is in blameless Scotland--

The name denotes her according to its meaning.


Severn is she called through the land of the sound Saxons,

Tiber in the Romans' keep:

River Jordan thereafter in the east

and vast River Euphrates.


River Tigris in enduring paradise,

long is she in the east, a time of wandering

from paradise back again hither

to the streams of this Sid.


Boand is her general pleasant name

from the Sid to the sea-wall;

I remember the cause whence is named

the water of the wife of Labraid's son.


Nechtain son of bold Labraid

whose wife was Boand, I aver;

a secret well there was in his stead,

From which gushed forth every kind of mysterious evil.


There was none that would look to its bottom

but his two bright eyes would burst:

if he should move to left or right,

he would not come from it without blemish.


Therefore none of them dared approach it

save Nechtain and his cup-bearers:-

these are their names, famed for brilliant deed,

Flesc and Lam and Luam.


Hither came on a day white Boand

(her noble pride uplifted her),

to the never-failing well

to make trial of its power.


As thrice she walked round

about the well heedlessly,

three waves burst from it,

whence came the death of Boand.


They came each wave of them against a limb,

they disfigured the soft-blooming woman;

a wave against her foot, a wave against her perfect eye,

the third wave shatters one hand.


She rushed to the sea (it was better for her)

to escape her blemish,

so that none might see her mutilation;

on herself fell her reproach.


Every way the woman went

the cold white water followed

from the Sid to the sea (not weak it was),

so that thence it is called Boand.


Boand from the bosom of our mighty river-bank,

was mother of great and goodly Oengus,

the son she bore to the Dagda – bright honour!

in spite of the man of this Sid.


Or, Boand is Bo and Find

from the meeting of the two royal streams,

the water from bright Sliab Guaire

and the river of the Sids here.


Dabilla, the name of the faithful dog

who belonged to the wife of Nechtain, great and noble,

the lap-dog of Boand the famous,

which went after her when she perished.


The sea-current swept it away,

as far as the stony crags;

and they made two portions of it,

so that they were named therefrom.


They stand to the east of broad Breg,

the two stones in the blue waters of the lough:

Cnoc Dabilla [is so called] from that day to this

from the little dog of the Sid.

-dindshencha



Este rio serpentea por toda a zona de Brú na Bóinne e segundo a lenda foi criado pela Deusa Boann, esposa de Nechtar e amante de Dagda com tem teve um filho, Aengus, conforme conta a dindshencha.



Newgrange






BRUG NA BOINNE




How is it named?



For the river that rises in the bog of Allen


And flows to the sea at Inver Colpa.


Called after Boand, Goddess of the rivers.




Peat dark and slow meandering


Making it’s lazy way through the land.

The Dagda had his house here,


And Angus Og after him,




In the wide bend of the river.

Angus of the generous hospitality,


With inexhaustible ale


And meat and fruit




To feed his many guests.


Lugh of the long arm lies here,



And Slaine, king of the Fir-Bolg,


Buried atop his hill.





Newgrange, Knowth and Dowth,



Look down on the valley.



Resting places of the great



Warriors and Chieftains,





It was here, at Linn Feic,



That the hero Finn McCumhaill


Caught the salmon of knowledge.



Burned his thumb on the hot flesh





And tasted before Finegas the Poet.



Wide green valley, lush with rich grass

Cattle and sheep shall thrive here.



And fruit trees of all kinds shall flourish.





Fish abound in the stream,



And stags frequent the forest.



You shall not hunger long



In the Valley of the Boinne.
-dindshencha

Este túmulo e centro ritual neolitico tem 5000 anos (com orgulho desmedido, a guia sublinhou o facto de ter sido construido cerca de 1000 anos antes da piramides no Egipto). Neste local mítico descansa o filho adoptivo do deus Aengus e foi onde o temerário heroi Cúchulainn foi concebido.
Aparentemente, Newgrange começou por ser um observatório astronómico, passando depois a ser um lugar de culto (segundo a guia, dedicado a Dagda, pelo seu caracter solar) e mais tarde local de enterro. A visita ao interior é muito interessante, algo claustrofóbico, sim, e fazem uma simulação da entrada do sol na camara no Solsticio de Inverno.

Etiquetas: ,

quinta-feira, outubro 19, 2006

Por Terras Pictas IV

Dia 6 – Edimburgo-Rosslyn-Edimburgo

Pela manha fomos passear por Dean Village , uma zona bastante central de Edimburgo, perto do albergue onde estávamos. É uma zona muito agradável por onde passa um pequeno rio à beira do qual segue um estreito caminho que leva ao Museu de Arte Moderna. O meu companheiro seguiu para ir ver as exposiçoes e eu voltei para trás para apanhar o autocarro para ir visitar Rosslyn Chapel nos arredores de Edimburgo. Creio que depois do boom Código DaVinci, todos ouvimos falar desta Igreja. Ë uma capela medieval do séc. XV, mandada construir por William Sinclair. É conhecida a ligaçao da família Sinclair com a Maçonaria, cuja simbologia é bem patente nos gravados interiores da capela, mas crê-se que a relaçao desta capela com os Templários é pura ficçao. Nao vou entrar em discussoes, elas já existem em milhares de fóruns na internet, vou apenas deixar-vos algumas imagens: do tecto , na parte das estrelas poderemos encontrar uma imagem do sol, uma da lua, uma de Cristo e 4 anjos (acho que nao me falta nenhum), lamento mas com a fraca iluminaçao nao consegui tirar uma foto apenas dessa zona; um dos inúmeros Greenman que encontramos na capela; o pilar do aprendiz em cuja anjo tocando gaita-de-foles rodeado de Greenmen; ao lado encontramos o Old Town . Tomámos um chá no Elephant (nao cheguei a perceber a relaçao desse bar com o Harry Potter mas na entrada dizia algo sobre a autora que disfrutava do seu chazinho neste sitio... bom, nao importa, é um lugar bastante agradável) e chegámos a um surpreendente monumento a Greyfriar’s Bobby . Este caozinho, após a morte do seu dono, residiu até à sua morte no cemitério, dormindo na campa do seu amo.Um incrivel exemplo de lealdade. Contam que durante cerca de 12 anos, Bobby, tao querido por todos no bairro, ao ouvir o One o’Clock Gun disparado desde o Castelo de Edimburgo, dirigia-se aos restaurantes da zona onde lhe davam de comer e voltava para junto do seu dono. Tao querido era que o enterraram no cemitério, nao em solo sagrado, mas à entrada do cemitério como bom guardiao que era.

Voltámos para o albergue para jantar, rodeando o

Etiquetas: ,

Por Terras Pictas III

Dia 4 – Cairngorm-St.Andrews

Este dia prometia. Ia ver as pedras pictas. Pela manha demos um passeio pelo bosque onde dormimos e fomos a Kingussie ver o The Highland Folk Museum, um museo que reconstitui o modo de vida das highlands, preparaçao caseira de velas, instrumentos de elaboraçao caseira de manteiga e queijos, e reconstruçao de umas casas tipicas, as Castelo de Glamis . Este castelo serviu de inspiraçao a Shakespeare para escrever MacBeth e existem algumas referencias na peça a este sítio. Além de que a obra foi escrita durante um período em que muitas bruxas, ou supostas bruxas, foram queimadas baixo o reinado de James da Escócia (nao sei bem qual deles) a quem esta obra aparentemente estava destinada. Na verdade a 6ª Senhora de Glamis, Lady Janet Douglas, foi queimada acusada de bruxaria. Dizem que muitos fantasmas percorrem estes corredores... Nos incrivelmente bem cuidados jardins do castelo encontramos árvores velhissímas, como esta, enorme...

Quando o sol começou a pôr-se seguimos para St. Andrews, uma cidade de alberga umas das mais antigas universidades da Escocia, se nao a mais antiga. É uma cidade engraçada pois conjuga a antiguidade do seu castelo e sua catedral em ruinas, com bares e vida nocturna de uma cidade cuja populaçao é maioritariamente estudantil. Depois de uma cervejinha, fomos em demanda de um sitio onde pernoitar (no carro, claro!). Depois de umas quantas voltas encontrámos um parque de estacionamento na praia. Estava um luar precioso!

Dia 5 – St.Andrews-Edimburgo

Despertamo-nos na praia ao som de corvos e gaivotas, que convivem pacificamente. Tomámos o pequeno-almoço (os corvos e as gaivotas também... eu pensava que eram só os pombos que vinham comer perto de ti quando lhe atiravas bocadinhos de pao... estava enganada :) ) admirando um Arthur's Seat, do outro o mar e em frente Princess Street, onde encontramos num dos pináculos o famoso e gigantesco Scott Monument , dedicado ao escritor

Etiquetas: ,

Por Terras Pictas II

Dia 3 – Loch Ness-Cairngorm

Dia 3 – Loch Ness-Cairngorm

Acordámos cedo e decidimos dar um pequeno passeio matinal pelos bosques onde dormimos. Cruzámos a estrada e demos uma vista de olhos pelo Lago Ness onde tomámos o pequeno-almoço. Nem sinais de Nessie ;p Uma coisa curiosa, aparte das dezenas de fotos do suposto monstro, é que descubri que em Life of St. Columba de Adamnan, consta um registo do enfrentamento de St. Columba em 565 com um monstro nesse mesmo lago. Curioso, nao?
Bom, como tinhamos pouco tempo, deixámos para tras alguns planos como ver o Castelo de Urquhart ou Boleskine House onde residiu Aleister Crowley. Ficará para a próxima.

E de aqui...nao, nao fomos para as Montanhas Cairngorm que ficam mesmo em frente, ainda nao. Seguimos para a Ilha de Skye. No caminho encontrámos o bonito Castelo de Eilean Donan, um castelo com mais de 800 anos mas reconstruido e alargado no século passado, residencia primeira do cla MacKenzie, protegida pelo cla MacRae. Em 1983 esta última familia criou uma organizaçao para proteger e cuidar do castelo. É incrível como depois de tantos séculos os MacRae continuam fieis a este castelo.

Pusémos pé na estrada e seguimos para a Ilha de Skye para a regiao de Trottenish, que fica mais a norte. A paisagem é impressionante... montes verdes, cascatas, e até lindos Old Man of Storr, uns impressionantes pináculos; por Kilt Rock, chamada assim pois o desenho dos penhascos se parecem com as pregas de um kilt e a sua cascata, o vento era tao forte que passando pelas pedras uivava perto desta cascata, absolutamente incrível; e subimos até

Etiquetas: ,

Por Terras Pictas I

Na semana passada fomos dar um passeio por terras pictas. Escócia é um país deslumbrante e o tipico clima escoces dá-lhe efectivamente um toque especial. Na verdade, desse clima vimos pouco. Talvez no 1º dia que choveu torrencialmente e no segundo em que de meia em meia hora chovia, fazia sol, baixava névoa, chovia, fazia sol, baixava a névoa… Os restantes dias.. bom, passámos dias com um sol radiante (atrevo-me até a dizer, que tive um pouco de calor ;p, e esta?). Foram daquelas mini-férias relámpago que apenas ficou o gostinho mas que já sabemos exactamente onde queremos voltar :).

Ah, vou colocar as fotos como link uma vez que sao muitas as que gostaria de compartir (mais ainda as que tirei, eh eh, desta vez passei-me…)

Dia 1 – Barcelona-Edimburgo

Foi um dia chato. Entre apanhar o autocarro até Girona, apanhar o aviao até Glasgow e de novo o comboio até Edimburgo, passaram cerca de 8 horas (e nem sequer fica assim tao longe, nao é?). Mas uma vez chegados a Edimburgo, já pela noite, esperava-nos um amigo que nos levou directamente para um pub… bem que estávamos a precisar de uma cervejinha bem fresca depois de tantas horas de viagem. Foi a minha primeira experiencia de beber uma cerveja sem fumar um cigarro. Sim, porque o pub era bastante animado e barulhento, música ao vivo, gente a bailar, muita cerveja e sidra, mas… 100% sem-fumo. Nao podes fumar em absolutamente NENHUM bar, café ou restaurante. Assim, a soluçao para fumadores empedernidos como eu é fazer pequenas pausas da cerveja e ir fumar um cigarro fora.

Dia 2 – Edimburgo-Loch Ness

Bem cedo fomos buscar o carro que tinhamos alugado. Quando tens pouco tempo, neste caso 3 dias, para poder ver um pouco do país, o melhor é nao perder tempo com as esperas de transportes públicos e matar-te para teres aquela óptima conjugaçao de horários que te permita ver tudo aquilo que queres em tao poucos dias. Assim, optámos por alugar um carro, que no fundo seria a nossa casinha durante essa viagem (sim, claro, porque para poderes dormir no meio dos bosques com frio que faz pela noite, nao há tenda que resista ;p).

De Edimburgo seguimos em direcçao a Balquhidder, uma pequena vila cujo cemitério alberga os restos mortais de Rob Roy do cla MacGregor, um dos mais famosos fora-da-lei de Escócia (creio que existe um filme sobre ele protagonizado por Liam Neelson). É um cemitério bastante autêntico e podemos aperceber-nos da forma como estava estruturada a sociedade escocesa e a importancia do cla.

No interior da pequena igreja contam-nos a história deste sítio. Descubriram vestígios de um templo do neolítico (cerca de 1800 a.C.) e a montanha que se encontra perto da localidade era chamada, antes da chegada dos cristaos, Beinn-le-dia (actualmente Ben Ledi), “A Montanha de Deus”. Detrás da Igreja encontra-se Tom-nan-Aingeal – Montanha de Fogo – onde os druídas acendiam fogos sagrados em Beltane e em Samhain. Pensa-se que esta prática continuou até ao séc.XIX. E é precisamente detrás da igreja que encontramos esta bonita cascata.

Deixámos Balquhidder e seguimos pelas estradas que atravessam Glencoe. Tinham-nos dito que eram estradas muitos bonitas que passavam por meio dos bosques e nos levavam até às montanhas. Como chovia a cantaros vimos muito pouco destas estradas mas tivémos oportunidade de contemplar as enormes montanhas de Glencoe enquanto se levantava um denso nevoeiro

Parámos para comer quando a chuva deixou de cair e o sol decidiu dar de sua graça. Chegámos a Fort William estava a oscurecer. Tomámos uma cerveja num pub cheio de gente mas muito bem divididos: futebol… dum lado do pub encontrava-se um televisao onde passava o jogo de Inglaterra, e do outro uma outra que passava o jogo de Escocia. Seguimos, já pela noite, para o Lago Ness onde pernoitámos.

Etiquetas: ,

sábado, setembro 16, 2006

Melhor, metoubrigado

Sim, estou bastante melhor. Creio que o mal do qual pensava padecer, foi apenas sintoma passageiro. Ou entao sou hipocondriaca.

Seja como for, a minha humanidade voltou aos niveis normais e como todo fim-de-semana fui trabalhar tranquilamente (nao, com um sorriso no rosto tambem nao, nao sou masoquista).

Vai tudo bem, excepto pelo facto de que já me cortei duas vezes, uma numa folha de papel outra a cortar uma cebola.

Bom... nem tudo pode ser perfeito ;P

Uma coisa que queria assinalar é que descubri o templo romano de Barcelona. Depois de viver aqui quase 2 anos e nao tendo conhecimento de que o templo de Barcino ainda mantinha umas quantas pedras de pé, tropecei nele durante um passeio com a familia que está aqui de visita.


Este templo estava dedicado ao culto imperial.

Gostam do verde? ;P Pois, o entorno está estranho e o que sobra do templo é basicamente isto, mas quando entrei numa ruela que nunca tinha entrado antes no Bairro Gótico e descubri a entrada, senti aquela sensaçao no estomago de quem descubriu... por exemplo... o túmulo de Tutankamón. Serve?!?

Etiquetas: ,